Novas regras para multas por atraso na entrega (MAED) do PGDAS-D e na DEFIS começam em 01 de Janeiro de 2026
Área do Cliente
Notícia
Imposto Seletivo: entenda o tributo e os impactos para consumidores e empresas
Há alguns meses, o Imposto Seletivo ganhou destaque nas discussões sobre a Reforma Tributária. Desde então, o novo tributo apelidado de imposto do pecado continua gerando dúvidas e preocupações em diversos setores
Há alguns meses, o Imposto Seletivo ganhou destaque nas discussões sobre a Reforma Tributária. Desde então, o novo tributo — apelidado de “imposto do pecado” — continua gerando dúvidas e preocupações em diversos setores da economia. A proposta prevê a taxação de produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e itens altamente poluentes.
Segundo o advogado tributarista Ariel Franco, o principal objetivo da medida é desestimular o consumo de determinados produtos, ao mesmo tempo em que o Estado arrecada. “É uma lógica parecida com a que já existe em outros países: tributar o que gera custo social, como doenças e poluição. Mas é preciso cuidado para que o imposto não penalize excessivamente o consumidor final”, afirma.
O projeto de lei complementar que trata do tema foi enviado pelo Governo Federal ao Congresso em 2024 e segue em tramitação. O texto prevê que a alíquota do Imposto Seletivo seja definida posteriormente, por meio de lei ordinária, respeitando os limites e critérios constitucionais. “A proposta tem pontos relevantes, mas algumas questões práticas ainda não foram respondidas. É muito importante entender como esse imposto será aplicado, sob quais critérios, alíquotas e até abrangência. A definição do que é considerado prejudicial pode variar com o tempo, o que exige regulamentações bem definidas e segurança jurídica para as empresas”, complementa.
Ao contrário de outros tributos que serão unificados no novo modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o Imposto Seletivo funcionará como um tributo monofásico, ou seja, incidirá apenas uma vez na cadeia produtiva, mas sem direito a crédito tributário. Isso significa que ele representará um custo direto para as empresas e poderá ser repassado ao consumidor final. “É uma mudança relevante na lógica do sistema, pois aumenta o custo de forma concentrada e sem compensação possível. Em alguns setores, esse impacto pode ser pesado e imediato”, alerta Ariel.
Outro ponto sensível é a amplitude de produtos que poderão ser enquadrados como “prejudiciais”. “Há um risco real de insegurança jurídica, tendo em vista os setores que poderão ser prejudicados — a exemplo da indústria alimentícia, especialmente no que se refere a produtos ultraprocessados ou com adição de açúcares. Torna-se necessário, portanto, um critério claro e objetivo para a classificação dos produtos considerados “prejudiciais”.
Ainda de acordo com Ariel, setores como o de bebidas, cigarros e veículos já avaliam o impacto da nova cobrança. Mas ele alerta que outras áreas — como alimentos ultraprocessados e setores extrativistas — também devem estar atentos, pois podem entrar no radar futuramente. “A ausência de um teto para alíquotas e a liberdade para alterar regras por meio de lei ordinária aumentam a imprevisibilidade. Empresas precisam modelar cenários, revisar estratégias e construir defesas jurídicas desde já”, afirma.
Além disso, Ariel ressalta que a implementação do novo imposto exigirá estrutura adequada de fiscalização e arrecadação. “Não basta criar um tributo, é preciso garantir que ele seja eficiente, transparente e cumpra sua função social. E quem não se preparar, certamente sentirá os efeitos com mais força quando o novo sistema entrar em vigor”, conclui.
Notícias Técnicas
Norma inclui mais 85 benefícios fiscais e atualiza regras de informação à Receita Federal
O Fisco publicou, nesta 2ª feira (15.dez.2025), um informe técnico que traz orientações relacionadas as tabelas cClasstrib
O novo relatório na Câmara do 2º projeto de lei que regulamenta a reforma tributária rejeitou as mudanças que o Senado determinou na lei que instituiu o Simples Nacional
Foi com grande alarde que muitos profissionais que publicam posts e informações nas redes sociais comemoram a publicação da Solução de Consulta COSIT nº 244/2025
Notícias Empresariais
A maioria das empresas perde clientes por um erro emocional, não por um erro técnico
Quando ignorada, a sobrecarga torna-se a porta de entrada para a exaustão e o burnout, e é muito mais comum do que a maioria dos líderes imagina
Com pico de contratações temporárias e múltiplas demandas, Inteligência Artificial ganha protagonismo ao automatizar triagens, onboarding e escalas no mês mais crítico para o RH
Reforma tributária, gestão de caixa e uso de dados pressionam empresas a rever competências financeiras
Instituição aderiu ao Programa Acredita no Primeiro Passo
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional