O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, conhecido como Simples Nacional, abrange atualmente 23,8 milhões de contribuintes no Brasil
Área do Cliente
Notícia
Sem clima para uma nova CPMF
Ministro da Saúde e Lula têm reunião com a base aliada hoje, mas chance de acordo em torno da CSS é mínima
Diego Moraes
Os líderes de partidos da base aliada afinaram o discurso para a reunião de hoje, em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, vão cobrar apoio para a votação da nova CPMF. Sem rodeios, eles vão dizer que aprovar a Contribuição Social para a Saúde (CSS) seria a pior maneira de encerrar o ano. As legendas governistas não estão dispostas a arcar com o ônus, apesar da pressão feita pelo PMDB — de Temporão — nos últimos dias.
Os parlamentares vão levar dois argumentos para tentar convencer o governo a desistir do projeto em 2009: a aprovação da CSS pelos deputados, com o apoio de Lula, daria combustível para a oposição em pleno ano eleitoral e, além disso, poderia ser um desperdício de tempo, já que o esforço para votá-la na Câmara tenderia a terminar frustrado no Senado, que em dezembro de 2007 afundou a tentativa de prorrogar a CPMF.
“Seria um desgaste desnecessário e, ainda que fosse aprovada por nós, iria parar no Senado”, resume o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF). “Não tem clima para falar de um assunto desse agora. No atual momento político, essa matéria é natimorta”, considera o líder do PTB na Casa, Jovair Arantes (GO).
O líder do PR na Câmara, Mário Negromonte (BA), diz que o partido vai propor mudanças no texto para que o novo imposto seja cobrado apenas de pessoas jurídicas, com alíquota de 0,15% e não de 0,1%, como prevê o projeto. Nesses termos, segundo o parlamentar, a legenda aceitaria votar. “Vamos tentar o diálogo, mas esse tema não é bom e acho que dificilmente haverá votação este ano”, afirma.
A CSS foi proposta no ano passado, quando o Congresso discutia a regulamentação da Emenda 29, que fixa percentuais mínimos de gastos do governo com saúde. A base aliada na Câmara defendia que, para bancar os investimentos previstos na emenda, seria necessário criar uma fonte de receitas. O projeto acabou ficando na gaveta. O governo estima que a contribuição renderia R$ 12 bilhões anuais aos cofres públicos.
Defesa de Temporão
O líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza (SP), defende cautela para trazer de volta a discussão em torno da CSS. Para ele, os deputados só devem ressuscitar o tema se a pressão vier de fora do Congresso. “Só vou concordar que se discuta o assunto depois que houver movimentos políticos e na sociedade em favor dessa nova contribuição”, afirmou.
O ministro da Saúde tem cobrado dos parlamentares a aprovação do projeto que regulamenta a Emenda 29 e que cria a CSS ainda este mês. Temporão liderou ontem mais um ato em defesa do projeto, ao lado de secretários estaduais e municipais e de integrantes do Conselho Nacional de Saúde. Defendeu que o setor precisa de mais recursos com urgência. “Enquanto os brasileiros que dependem do SUS recebem R$ 675, os planos de saúde gastam R$ 1.428 per capita por ano. Tem alguma coisa errada”, afirmou.
Indiferente ao apelo de Temporão, a oposição na Câmara reforça o discurso contrário ao novo imposto. “Há outras fontes para financiar a Saúde”, afirma o líder do PPS, Fernando Coruja (SC). “Essa proposta é imoral”, resume o líder do DEM, Ronaldo Caiado. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que não pretende colocar a proposta em votação se o apoio vier unicamente do PMDB.
O líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN), também sustenta que só defende a votação se houver posição de governo, e não apenas do ministro da Saúde, em defesa do tema. Interlocutores de Lula afirmam que o presidente aceitou fazer a reunião com os partidos hoje após muita insistência de Temporão, mas não vê clima político para a aprovação da proposta ainda este ano. (DM)
Ccolaborou Denise Rothenburg
Notícias Técnicas
Empresas que não se adequarem aos novos layouts de notas fiscais enfrentarão risco de recolher tributos no ano de teste da reforma tributária e até de paralisação das operações
MP introduz uma nova estrutura de alíquotas, que impactará diretamente o planejamento tributário e os cálculos de IRPJ/CSLL
Novas regras trazem complexidade para micro e pequenas empresas, mas também permitem que especialistas ofereçam soluções e ganhos de mercado
Em momentos de crise financeira, muitas empresas se perguntam: como recuperar um negócio que aparenta estar à beira da falência?
Notícias Empresariais
Saiba sobre as vantagens, como redução de juros e multas
IBS e CBS consideram renda qualquer benefício da empresa a seus sócios
Na visão do Especialista em Mercado Financeiro e professor na FIPECAFI, Rogério Mauad
Impactos da Reforma Tributária e a necessidade de atualização tecnológica
Especialista aponta que o RH precisa equilibrar cuidado humano e visão de negócio para fugir do perfil pouco atrativo e gerar resultados reais
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional