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10 atitudes para evitar que novos negócios fechem antes de 5 anos
Levantamentos mostram que planejamento, gestão e disciplina financeira são decisivos para evitar o fechamento precoce
Os primeiros cinco anos seguem como o principal “vale da morte” dos pequenos negócios no Brasil, e a Sow Serviços, empresa especializada em outsourcing para o mercado de TI, reforça que a prevenção precisa começar desde o início da operação. Levantamento do Sebrae, com base em dados da Receita Federal e do IBGE, indica que a taxa de fechamento é maior no comércio (30,2%), seguido pela indústria de transformação (27,3%) e pelos serviços (26,6%). Por porte, 29% dos MEIs, 21,6% das microempresas e 17% das empresas de pequeno porte encerram suas atividades antes de completar cinco anos.
O cenário evidencia a necessidade de planejamento, organização financeira e rotinas de gestão desde o início da operação. Estudos técnicos do Sebrae e pesquisas da FGV apontam que as principais causas de fechamento convergem para três fatores: falta de planejamento, fragilidades de gestão financeira e de precificação e baixa capacitação gerencial, desafios que podem ser minimizados com ferramentas simples e práticas de organização.
Para Waldison Miranda, CEO da Sow Serviços, a adoção de um checklist antes da abertura do negócio eleva as chances de sobrevivência. Ele observa que muitos empreendedores começam movidos por um sonho, mas sem apoio, formação em gestão ou recursos suficientes. “A maioria dos empreendedores começa com um sonho, muitas vezes sem apoio, sem formação em gestão e com recursos limitados. Mas existe algo simples que faz diferença, que é a clareza. Um checklist ajuda a visualizar os próximos passos, tomar decisões conscientes e evitar erros comuns que levam muitos negócios a fechar antes do tempo”, afirma.
Diante disso, o especialista reúne dez orientações práticas para ajudar empreendedores a iniciarem suas operações com mais clareza, organização e maiores chances de sobrevivência:
1. Entenda qual problema você resolve
Antes de abrir o negócio, identifique com precisão a dor que seu produto ou serviço pretende solucionar. Empreendimentos fracassam quando oferecem soluções genéricas ou desconectadas de necessidades reais. Como destaca Miranda: “Quando o empreendedor não sabe qual dor resolve, ele compete apenas por preço, e morrer por preço é rápido”.
2. Valide a ideia com clientes potenciais
Conversar com ao menos 20 pessoas do público-alvo ajuda a confirmar se existe demanda real, qual valor estariam dispostas a pagar e quais objeções podem surgir. Essa etapa antecipa ajustes essenciais na oferta, no discurso e no preço. “Conversar com clientes antes de investir vale mais do que um plano de negócios inteiro sem olhar para o mercado”, reforça.
3. Faça um orçamento detalhado
Além dos custos evidentes, considere taxas de venda, embalagens, deslocamento, manutenção, impostos e uma reserva mínima para imprevistos. Essa visão ampla evita que falhas de planejamento financeiro comprometam o negócio logo nos primeiros meses. “Muitos MEIs quebram porque o custo real é o dobro do previsto, mas só descobrem tarde demais”, alerta o CEO.
4. Comece com infraestrutura mínima (MVP)
Testar a solução com uma estrutura simples possibilita aprender rapidamente e economizar recursos. Isso vale para qualquer segmento, de alimentação a serviços técnicos. “A versão perfeita do negócio raramente é a que o cliente realmente quer, por isso começar simples é começar certo”, diz.
5. Defina e domine um canal de vendas
Focar em um canal principal, Instagram, WhatsApp, feiras ou marketplaces, é mais eficiente do que tentar estar em todos. Cada ambiente exige estratégia própria, desde frequência de postagens até velocidade no atendimento ou controle de estoque.
6. Precifique de forma realista
Considere todos os custos diretos e indiretos: materiais, horas de trabalho, deslocamento, taxas e tributos. Copiar o preço da concorrência sem conhecer os próprios custos corrói a margem. Como explica Waldison: “A precificação errada corrói o negócio em silêncio. Tem gente que vende muito e lucra pouco, porque não sabe cobrar”.
7. Separe finanças pessoais e do negócio
Manter uma conta exclusiva para a empresa e definir um pró-labore mensal cria disciplina financeira desde o início. Essa separação organiza o fluxo de caixa, facilita o controle dos investimentos e evita que contas pessoais comprometam o capital de giro do negócio.
8. Formalize sócios e parceiros
Qualquer parceria, mesmo entre amigos ou familiares, deve ser registrada para definir responsabilidades, direitos e regras de saída. Essa formalização reduz conflitos futuros e garante clareza sobre quem faz o quê, como os lucros serão divididos e o que acontece se alguém deixar a operação.
9. Crie identidade mínima do negócio
Ter um nome claro, uma breve descrição do que você faz e uma apresentação visual coerente aumenta a credibilidade e a facilidade de ser encontrado. Essa identidade inicial funciona como um cartão de visita do negócio e ajuda a transmitir profissionalismo mesmo nos primeiros passos.
10. Estabeleça metas mensais e revise indicadores
Definir metas simples, faturamento, número de clientes ou taxa de recompra, cria clareza sobre o que precisa ser alcançado e facilita ajustes rápidos de rota. Revisar esses números regularmente ajuda a identificar oportunidades e corrigir falhas antes que virem problemas. Como reforça Waldison Miranda: “Quando o empreendedor mede, ele melhora; quando não mede, ele opera no escuro”.
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