Publicada a versão 1.07 da Nota Técnica 2024.003 da NF-e, com ajustes de vigência e campos para trânsito de produtos agropecuários, vegetais e florestais. Vigência a partir de 10 de novembro de 2025
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Notícia
Custeio Baseado em Atividades (ABC): vantagens e desafios para a gestão de custos
Entenda suas vantagens, desafios e como implementá-lo estrategicamente
O ambiente empresarial atual exige cada vez mais precisão na mensuração de custos e na avaliação da rentabilidade de produtos, serviços e clientes. Nesse cenário, o Custeio Baseado em Atividades (ABC – Activity-Based Costing) tem se consolidado como uma metodologia capaz de oferecer maior clareza sobre a utilização de recursos e a geração de valor dentro das organizações.
Embora tenha surgido na década de 1980, o ABC permanece extremamente relevante, sobretudo em empresas com estruturas complexas, múltiplas linhas de produtos e forte presença em atividades indiretas, como marketing, logística e tecnologia. Mas, afinal, como funciona esse modelo de custeio, quais são suas vantagens e quais cuidados devem ser considerados?
O que é o Custeio Baseado em Atividades?
O ABC parte do princípio de que não são os produtos que consomem recursos, mas sim as atividades que os suportam. Dessa forma, o modelo propõe mapear os processos realizados dentro da empresa, identificar os direcionadores de custo (cost drivers) de cada atividade e, posteriormente, alocar os custos aos objetos de custo (produtos, serviços ou clientes) de forma mais justa e representativa.
O processo pode ser resumido em quatro etapas principais:
- Identificação das atividades – mapeamento dos processos relevantes (produção, logística, vendas, marketing, TI etc.).
- Mensuração dos custos das atividades – atribuição dos recursos utilizados por cada atividade (salários, insumos, sistemas, infraestrutura).
- Determinação dos direcionadores de custo – escolha dos fatores que explicam o consumo de recursos (horas de máquina, número de pedidos processados, horas de atendimento, cliques em campanhas digitais etc.).
- Alocação aos objetos de custo – distribuição dos custos das atividades para produtos, serviços ou clientes de acordo com o consumo registrado.
O resultado é um retrato mais fiel do custo real de cada objeto, permitindo análises de rentabilidade e eficiência com maior precisão.
Vantagens do ABC
O modelo apresenta uma série de benefícios que explicam sua adoção em empresas de diferentes setores:
- Maior precisão na alocação de custos
Ao relacionar os custos indiretos às atividades efetivamente realizadas, o ABC evita distorções comuns em modelos tradicionais de custeio, que muitas vezes utilizam critérios arbitrários (como horas de mão de obra direta).
- Análise da rentabilidade de clientes e canais
O ABC não se limita a produtos. Ele permite avaliar o custo de atender determinados clientes ou canais de venda, considerando atividades como suporte técnico, logística de entrega e pós-venda. Isso amplia a visão estratégica sobre onde o negócio é mais ou menos lucrativo.
- Identificação de atividades que não agregam valor
Com o detalhamento das atividades, torna-se possível identificar gargalos, desperdícios e processos que consomem recursos sem gerar retorno proporcional. Essa visão facilita programas de redução de custos e melhoria contínua.
- Apoio à precificação e decisões estratégicas
Ao conhecer o custo real de cada produto, serviço ou cliente, a empresa pode definir políticas de preço mais consistentes e alinhar decisões de mix de produtos, investimentos em marketing e negociações comerciais.
- Integração com indicadores de desempenho (KPIs)
O ABC pode ser integrado a sistemas de gestão estratégica, como o Balanced Scorecard, permitindo que custos e desempenho sejam avaliados em conjunto.
Desafios e Limitações
Apesar das vantagens, o ABC não é isento de críticas e desafios práticos:
- Complexidade de implementação
O mapeamento de atividades e a coleta de dados exigem tempo, equipe qualificada e sistemas adequados. Em empresas de grande porte, o processo pode se tornar caro e burocrático se não houver clareza nos objetivos.
- Necessidade de atualização constante
Como as atividades e direcionadores mudam ao longo do tempo, o modelo demanda revisões periódicas. Caso contrário, perde a precisão e deixa de gerar informações confiáveis.
- Resistência cultural
A mudança de foco — de centros de custo para atividades — pode encontrar resistência interna, sobretudo em áreas pouco habituadas a mensuração de processos.
- Custo-benefício nem sempre favorável
Em empresas com operações simples e baixo peso de custos indiretos, o ganho em precisão pode não justificar o esforço de implantação.
Conclusão
O Custeio Baseado em Atividades (ABC) é uma metodologia robusta e poderosa para empresas que buscam maior precisão no controle de custos e apoio na tomada de decisões estratégicas. Sua principal força está em evidenciar a relação entre atividades e consumo de recursos, permitindo identificar onde estão os verdadeiros custos da organização.
Entretanto, sua aplicação deve ser avaliada com critério. O ABC exige investimento em mapeamento, cultura de mensuração e manutenção constante. Assim, antes de adotá-lo, é fundamental que a empresa analise a complexidade de suas operações e defina claramente os objetivos que pretende alcançar.
Em suma, o ABC não deve ser visto apenas como uma técnica contábil, mas como uma ferramenta estratégica de gestão capaz de revelar oportunidades de melhoria, otimizar a utilização de recursos e apoiar a criação de valor sustentável.
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