Descontos, prazos para pagamento facilitados e uso de prejuízo fiscal estão entre os benefícios
Área do Cliente
Notícia
Milícias Tributárias
A fragilidade da segurança pública em todo o país está provocando uma situação ao mesmo tempo curiosa e preocupante
A fragilidade da segurança pública em todo o país está provocando uma situação ao mesmo tempo curiosa e preocupante. Em diversas regiões estão surgindo milícias e “vigilantes”, cujo principal objetivo é “fazer justiça”. Tais grupos agem como investigadores, juízes e executores das penas. Alegam suprir o papel das autoridades públicas, cada vez mais ineficientes e ausentes.
Muitos cidadãos apoiam a ação destes grupos, seja de forma explícita ou pela simples omissão. Em geral, o pensamento é “se o Estado não faz, alguém tem que fazer”. Outros, por sinal, se sentem acuados, verdadeiramente sitiados dentro de casa.
Partindo desta análise da realidade nacional, nos deparamos, mais recentemente, com o surgimento de outro tipo de justiceiro: o tributário. O Brasil hoje apresenta uma carga tributária relativamente alta. Não chega aos quase 48% do PIB como na Dinamarca, mas se equipara aos 37% da Alemanha. Contudo, fica bem acima dos 25% dos Estados Unidos ou dos 21% do Chile.
Os problemas mais graves são outros. Há mais de 10 anos somos os campeões mundiais de burocracia tributária e trabalhista. O custo das empresas para calcular e pagar impostos aqui é nove vezes superior à média mundial. Obviamente, paga este custo quem compra produtos e consome serviços brasileiros. Ou seja, todos nós.
Somos campeões também em processos trabalhistas. Mais de dois milhões de novas ações são incluídas todos os anos na Justiça do Trabalho. A situação é tão caótica que João Oreste Dalazen, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, chegou a afirmar que nossa legislação “é excessivamente detalhista e confusa, o que gera insegurança jurídica, e, inevitavelmente, descumprimento, favorecendo o aumento de ações na Justiça”.
O custo direto dessas disputas supera os R$ 12 bilhões anuais. Este é o valor para manter os tribunais. Isso sem contar o custo das ações que as empresas pagam. Ou melhor, são os consumidores que arcam com isto, não se iludam!
Temos ainda 47 alterações na legislação tributária por dia. Criamos um sistema que congrega 11 milhões de combinações e regras para calcular os impostos. Cada estado tem suas normas regulamentares para o ICMS. Cada município também adota regras diferentes para o ISS. E só em atuações tributárias federais tivemos, no ano passado, o volume de R$ 140 bilhões. Tudo isso compõe um risco operacional que gera custos, mais uma vez repassados aos consumidores.
Para piorar, o retorno sobre a arrecadação é sofrível. Segurança, saúde, educação e infraestrutura no Brasil ainda são medievais.
Por todos estes motivos, muita gente tem pregado a sonegação de impostos como forma de desobediência civil, de protesto.
Penso que este caminho seria interessante, desde que articulado por uma liderança, com o reforço de atos declarados e públicos explicitando os motivos e objetivos do protesto. Tal qual fez Gandhi para conseguir a independência da Índia.
Contudo, deixar de pagar impostos individualmente, sem divulgação pública e um movimento articulado, não é uma forma de protesto, é crime! É agir como os justiceiros que se escondem em toucas ninja, agindo na calada da noite, na surdina. É pensar apenas em si mesmo e não no país.
Por ora, se quisermos mesmo mudar o nosso país para melhor, devemos seguir o exemplo de Gandhi, que já dizia: “seja você a mudança que quer no mundo”.
(*) Roberto Dias Duarte é sócio e presidente do Conselho de Administração da NTW Franchising, primeira franquia contábil do país.
Notícias Técnicas
Implantação do item 3.1 da Nota Técnica S-1.3 nº 05/2025 do eSocial entra em produção
A Receita Federal publicou a 2ª versão do glossário da reforma tributária do consumo. O material abre com um panorama da reforma, detalhando o funcionamento do IVA Dual
Empregadores têm até 28 de novembro para pagar a primeira parcela do 13º salário, equivalente a metade do salário bruto acrescido da média dos adicionais
O BCB publicou hoje a Resolução BCB nº 522, que altera a Resolução BCB nº 150, de 2021, promovendo diversos aperfeiçoamentos na regulação que trata dos arranjos de pagamentos
Notícias Empresariais
Quando o sucesso vira prisão: como a obsessão por métricas e progresso rouba o prazer de viver e conquistar
Aprenda 4 técnicas simples para eliminar muletas verbais e falar com mais confiança e clareza
Primeira fase da transição para novo sistema entra em vigor em janeiro
Você confiaria cegamente em quem guarda os seus dados?
Sistema substituirá os cinco principais impostos sobre o consumo
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional